Pular para o conteúdo principal

Relatório de intervenção - 10º Encontro (Colégio Estadual Monteiro Lobato)



No dia 12 de novembro, as bolsistas do projeto Pibid-Letramento literário estiveram no Colégio Estadual Monteiro Lobato para dar continuidade às intervenções, que estão sendo realizadas no 2º ano A, do Ensino Médio daquela escola.
Nesta data, iniciamos as atividades com a retomada dos conceitos de paráfrase, paródia, antropofagia presentes na obra Terra Papagalli. Posteriormente os alunos, divididos em grupos, apresentaram uma produção de paráfrase e/ou paródia baseados no poema “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias.
Os grupos que apresentaram a atividade vinculada à paráfrase conceituaram e produziram poemas que foram recitados pelos grupos. Já os alunos responsáveis por apresentar a paródia, além de apresentar o conceito, produziram os poemas. Chamou-nos atenção em especial um dos grupos que compôs uma paráfrase musical, que faz uma crítica à postura de muitos políticos no Brasil. Esta apresentação causou grande comoção nas bolsistas tanto pelo empenho e criatividade dos alunos, quanto pela confirmação de que nosso Projeto Pibid tem contribuído para a formação de todos os envolvidos.
Para o próximo encontro, o grupo foi dividido para a apresentação das contextualizações, etapa da Sequência Expandida que tem por objetivo aprofundar a leitura da obra por meio dos contextos que a obra traz consigo. Dentre as contextualizações proposta por Rido Cosson (2007), que são 7, 3 foram selecionadas: contextualização crítica, histórica e temática. Cada grupo ficou responsável por uma das contextualizações, que será assessorado pelas bolsistas.
Diante dos bons resultados que estamos obtendo neste projeto, aguardamos ansiosas para o próximo encontro, que será realizado no dia 19 de novembro.


PARÁFRASE
“Canção da Solidão”

Minha terra tem pinheiros
Que encantam o Paraná
As aves que aqui cantam,
Não cantam como lá.

Nosso céu tem menos estrelas
Nossos campos mais agricultores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores,

Ao pensar, sozinho à noite,
Mais gosto eu encontro lá,
Minha terra tem pinheiros
Que encantam o Paraná

Minha terra tem tanta beleza
Que não encontro eu lá,
Minha terra tem pinheiros
Que encantam o Paraná

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá,
Sem que desfrute da beleza,
Que não encontro por cá,
Sem que veja os pinheiros,
Que embelezam o Paraná. 
(Alunas: Sarah, Débora, Gabriela Galvão, Raquel, Beatriz Lima,Larissa,Bruna)


Minha terra tem beleza 
Praia, sol e mar 
Onde os pássaros que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá 

Minha terra tem mais flores 
E repleta de amores 
Minha terra tem mais vida 
E nessa vida mais primores 

Deus não deixes que eu volte 
Sem desfrutar das beleza 
Que não encontro lá
Não permita que eu volte
Sem que eu conheça tudo de cá 
Sem que desfrute a praia de Copacabana 
E as garotas de Ipanema
(Alunos: Ana Laura, Gabriel, Lucas, Ligia, Maíara, Emmanuel e Matheus Praxedes.)

PARÓDIA

“Canção do Delírio”

Minha terra tem políticos
Que não sabem governar

O pouco que eles fazem
Não serve para ajudar

Nosso céu tem uma estrela
Nossas vidas tem mais dores

Nossa estrela é vermelha
E não pode ter mais cores


Nosso povo vende o voto

Pra ditadura que temos cá

Que se finge de democracia

Pra poder governar


Não permita Deus que eu morra
Sem ver minha terra melhorar
Um dia ainda verei
Meu sonho se realizar


(Alunos: Victor Hugo, Andre Pepece, Marcio Cavalcante,Abner Mathias, Bruno justo, Murilo Rodrigues) 
 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha do livro O barbeiro e o judeu da prestação contra o sargento da motocicleta

Resenha     SANTOS, Joel Rufino dos.   O barbeiro e o judeu da prestação contra o sargento da motocicleta . São Paulo: Editora Moderna, 2007 .   Por: Márcia Picoli     O livro O Barbeiro e o Judeu da prestação contra o Sargento da motocicleta, do historiador e escritor Joel Rufino dos Santos, é uma novela dividida em 15 capítulos curtos, ambientada num morro da cidade do Rio de Janeiro. Uma trama que envolve um babeiro, um sargento de polícia, um judeu negociante, uma mulher disputada por dois homens e um embrulho de jornal. Novela que envolve a pós Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e a Era Vargas (1937 – 1945). Foi uma época na qual pessoas, esperançosas na paz mundial, acreditavam que poderiam, a partir daquele momento crucial, viver sem sofrimento. Contudo, o nazismo fora derrotado, a ditadura no Brasil chegara ao fim, e mesmo com todas as mudanças sociais e políticas ocorridas no mundo pós-guerra, as pessoas continuaram a sofrer pelas mesmas razõe

Resenha do livro VENDEM-SE UNICÓRNIOS

INDIGO. Vendem-se unicórnios. Ilustrado por Leo Gibran. São Paulo: Ática, 2009. Por: Letícia Thayná Barboza A obra Vendem-se Unicórnios foi escrita em 2008 e tem como autora Ana Cristina Araújo Ayer de Oliveira, que usa o pseudônimo Índigo. Ela nasceu em 1971, em Campinas e, em 1998, começou a publicar seus contos na internet. Além dessa obra, a autora também escreveu várias outras, tais como: Saga animal , Férias Merecidas e Casal Verde . O livro aborda um tema polêmico, o consumismo. É uma obra muito interessante e de fácil entendimento, pois ao longo da história vai apresentando flashbacks que vão esclarecendo as situações ao leitor. A obra relata a história da jovem Jaqueline que, para deixar de ser invisível aos olhos dos seus colegas de escola, se deixa levar por uma nova amiga, Priscila França, que lhe apresenta uma maneira irresponsável de usar o cartão de crédito. Jaqueline se deixa levar pelo deslumbramento das compras e pela atenção que está recebend

Resenha da obra No meio da noite escura tem um pé de maravilha: contos folclóricos de amor e aventura

Resenha   AZEVEDO, Ricardo. No meio da noite escura tem um pé de maravilha: contos folclóricos de amor e aventura. 10. Reimpressão. São Paulo: Ática, 2008.     Por: Delba Tenorio Lima Patriota Villela   O escritor e desenhista paulistano Ricardo Azevedo refere-se à sua obra No meio da noite escura tem um pé de maravilhas , como “uma coletânea de contos muito antigos, criados e guardados na memória do povo, que vêm sendo contados de boca em boca desde que os portugueses chegaram ao Brasil e até antes, pois os índios também contavam e ainda contam belas histórias”. (2008, p. 118). Neste trabalho, Azevedo entrega aos leitores uma seleção de “causos” ameaçados pelo esquecimento, os quais o autor intenta preservá-los através da escrita, pois teme pelo seu desaparecimento. São dez contos que, a partir de uma linguagem simples e coloquial, estreitam relações com o leitor, ao mesmo tempo em que tentam buscar, na memória coletiva, fatos que os aproximam. Como escrev