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RELATÓRIO INTERVENÇÃO
ESCOLA ESTADUAL ZULMIRA MARCHESI DA SILVA

Ø  RELATÓRIO DIA 30 DE AGOSTO

Na manhã do dia 30 de agosto de 2017 ocorreu na Escola Estadual Zulmira Marchesi a terceira intervenção do PIBID EIXO 1 - Letramento Literário, na turma 1º. A, da Escola Estadual Zulmira Marchesi da Silva. Sob a regência das pibidianas Natália, Samantha e Denise e apoio dos pibidianos Lucas, Maria Luiza, Fernanda e Ana Carolina, e contando com a presença da professora supervisora, Ieda Maria Sorgi P. Elias, e da coordenadora, Profa. Dra. Ana Paula Franco N. Brandileone, aplicou-se mais uma etapa da Sequência Expandida da obra O Filho Eterno, de Cristóvão Tezza, elaborada conforme os pressupostos teórico-metodológicos de Rildo Cosson (2016), em Letramento literário: teoria e prática.
No primeiro momento os pibidianos organizaram os equipamentos para aula e juntamente com a supervisora foi estabelecido como ocorreria a realização e as atividades da intervenção. Em seguida, os alunos foram direcionados para o anfiteatro onde se deu início à intervenção com a retomada do conceito de intertextualidade, apresentado no encontro anterior. A seguir, apresentou-se o conceito do gênero textual relatório, indagando, antes, porém, o conhecimento prévio dos alunos a respeito deste gênero, o que favoreceu interação e a troca de informações entre os alunos e os pibidianos.
Em seguida, foi apresentada a estrutura do gênero, ressaltando a importância de os alunos seguirem as suas normas composicionais para a produção escrita, decorrente de palestra que assistiriam na aula a seguir.
Cabe destacar que, por conta da palestra, houve a junção das duas turmas participantes do projeto, o 9º ano, da Escola Estadual “Major João Carlos de Faria”, e o 1º ano A, da Escola Estadual “Zulmira Marchesi da Silva”. A palestra que contou com a presença Profa. Esther Lopes, mestre Educação especial, no anfiteatro da Escola Zulmira, versou sobre a Síndrome de Down, uma vez que a temática da obra selecionada para elaboração de sequência expandida de leitura, O filho eterno, trata sobre a relação entre pai e filho e todos os conflitos que o personagem vive por ter um filho portador da síndrome já citada.
Antes de iniciar propriamente a sua fala, a palestrante contou um pouco sobre como começou a sua trajetória na educação especial, relatando as suas experiências quando criança e, posteriormente, na adolescência, estagiária do município de Cornélio Procópio; foi quando teve seu primeiro contato direto com crianças especiais. Em seguida, tratou sobre as características genéticas da síndrome e sobre a perspectiva de vida do portador que, hoje, pode chegar aos 70 anos. Para tanto, expôs algumas fotos de pessoas portadoras da Síndrome e relatou um pouco sobre o preconceito que existia e ainda existe em relação a estas pessoas.
Posteriormente, esclareceu que a trissomia 21 é um acidente genético, pelo fato de a pessoa com síndrome de Down possuir 47 cromossomos ao invés de 46; esta alteração genética é registrada em aproximadamente um caso em cada 800 nascimentos no Brasil. Segundo pesquisas científicas, a idade materna é um dos principais fatores para a ocorrência da síndrome, não estando, portanto, relacionada à genética dos pais, ao uso de drogas ilícitas e/ou medicamentos na gestação. Ester apresentou uma tabela com as probabilidades de acordo com a idade e as ocorrências, havendo uma possibilidade maior entre mulheres de mais idade.
Ester relatou, ainda, que antigamente o portador da trissomia era visto como louco, vivia em sanatórios e eram denominados “mongoloides” por possuírem a face parecida com os povos da Mongólia. Muitos deles eram trancados em casa pela própria família, que tinha vergonha de ter um parente com tal condição genética.
Apresentou também que não existem graus para a síndrome de Down, embora uma das características seja possuir uma deficiência intelectual, leve ou moderada, e que pode se agravar com a falta de estímulo da criança. Sendo assim, é de extrema importância que a criança seja inserida em um meio social motivador desde o seu nascimento, para que possa desenvolver suas capacidades, habilidades e competências e, assim, tornar-se autônoma, ainda que dentro de suas limitações, como qualquer outro ser humano. A palestrante recomendou a inserção destas crianças na APAE logo nos seus primeiros anos de vida, a fim de estimular a sua aprendizagem e posterior inserção na escola regular.
Expôs também as principais características da síndrome de Down, como hipotonia (flacidez muscular) e, por isso, maior demora para andar, por exemplo; comprometimento intelectual; rosto arredondado; olhos amendoados, prega epicântica (é a pele da pálpebra superior, que vai do nariz até a parte interna da sobrancelha, cobrindo o canto interno do olho); base nasal achatada; hipoplasia mediana da face e língua protusa e hipotônica. Além das características faciais, pode-se observar o pescoço curto, uma linha única na palma de uma das mãos, a curvatura do quinto dedo, a distância aumentada entre o primeiro e o segundo dedo dos pés, dedos curtos, dentre outras características.
Ao final da palestra foi exibido um vídeo mostrando a inclusão de um garoto com síndrome de Down em uma escola pública regular de seu bairro, bem como a dificuldade de aceitação dos pais das outras crianças. O desfecho da estória expõe a compreensão e a colaboração de todos para a inclusão do garoto na escola. Ester concluiu sua fala recomendando a inclusão do indivíduo na sociedade e considera a educação um direito de todos, inclusive das crianças especiais.

Antes do encerramento do encontro, a palestrante abriu para discussão; espaço para reflexão e questionamentos.















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