RELATÓRIO
INTERVENÇÃO
ESCOLA
ESTADUAL MAJOR JOÃO CARLOS DE FARIA
Ø RELATÓRIO DIA 19 DE SETEMBRO
Na manhã do dia 19 de setembro de 2017, na Escola Estadual Major
João Carlos de Faria, ocorreu mais uma etapa da intervenção do PIBID, Eixo 1
Letramento Literário, referente ao terceiro intervalo de leitura. Contando com a presença da professora supervisora,
Paula Roberta Ribeiro Dantas, e da coordenadora, Profa. Dra. Ana Paula Franco
N. Brandileone, as pibidianas Amanda, Caroline e Eloisa, com apoio das pibidianas
Solange e Maria Eduarda, deram início a mais uma etapa da sequência.
A aula iniciou-se com a dinâmica de verificação de leitura (referentes
às páginas 161-222), procedida da seguinte maneira: com a sala dividida em dois
grupos, A e B, foram feitas perguntas sobre a obra o filho eterno de Cristóvão Tezza, que deveriam ser respondidas
pelos alunos. Considerando que esta foi a última checagem de leitura da obra, o
grupo vencedor recebeu um brinde, pela dedicação e leitura efetivada. Dando
sequência à checagem de leitura, verificamos os registros da compreensão da
obra e a nomeação dos capítulos no diário de leitura.
Em seguida, foi apresentado o conceito de interdiscursividade. Para tanto, foram
objeto de análise e discussão os poemas “Canção de Exílio”, de Gonçalves Dias,
“Canção de Exílio”, de Murilo Mendes e, por fim, “Canção do exílio facilitada”,
de José Paulo Paes. Explicou-se aos alunos que o poema de José Paulo Paes,
produzido no século XXI, dialoga com o texto de Gonçalves Dias, do século XIX,
parodiando-o. Já em relação ao poema de Murilo Mendes, escrito no século XX
(ambos paródias do texto de Dias), é possível identificar uma postura
ideológica similar, mais voltada para a crítica à realidade circundante. Dessa
forma, estabelece-se um interdiscurso entre os poemas de Mendes e Paes: o
modernismo em consonância com o pós-modernismo.
Para um melhor entendimento buscamos levar os alunos a refletir
sobre a relação entre o trecho retirado do livro O filho eterno e o
poema de Cora Coralina, Das pedras: “Aqui e agora:
voltando para casa sem o filho, o mesmo filho que ele desejou morto assim que
nasceu, e que agora, pela ausência, parece matá-lo” (TEZZA, 2016, p.169). Nesse momento do livro é possível observar
que chega ao fim o processo de aceitação e adaptação que o pai em relação a seu
filho.
Em seguida, foi retomado o conceito de
intertextualidade, utilizado
no primeiro intervalo: o poema “No meio do caminho”, de Carlos Drummond de
Andrade: “ [...] e, agora, tem um filho que se sobreviver o que é pouco
provável, será uma pedra inútil que ele terá de arrastar todas as manhãs para
recomeçar no dia seguinte e assim até o fim dos dias, pequeno Sísifo do
vilarejo” (TEZZA, 2011, p.53). Essa retomada foi importante para que os alunos conseguissem
estabelecer essa relação de dentro para fora com a obra. Abriu-se um diálogo
com os alunos, a fim de obtermos um feedback sobre o que entenderam
a respeito da intertextualidade e
interdiscursividade; a participação dos alunos foi efetiva.
Posteriormente, foram retomadas as tirinhas do cartunista
brasileiro Flávio P. Soares, visando preparar os alunos para a entrevista que
será realizada com o cartunista, que acontecerá no dia 27 de setembro de 2017,
no PDE, na Universidade Estadual do Norte do Paraná, campus de Cornélio Procópio.
No término da aula o grupo se reuniu para discussão dos trabalhos
realizados e alguns ajustes para a próxima aula.
Referências
TEZZA, Cristóvão. O filho eterno. 11ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2011.
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